O que fazer com Cardozo?

A poucos dias de se iniciar o campeonato, penso que estamos em boas condições para lutar pela vitória. Concordo com o nosso treinador quando afirma que este plantel é o mais equilibrado que já treinou ao qual acrescento que é o mais equilibrado dos últimos 20 anos. Até dia 31 de Agosto tudo é possível de acontecer, fala-se na saída de Carlos Martins, Aimar e Luisão têm mercado e poderá sempre surgir propostas tentadoras e Cardozo volta a estar na berlinda para uma eventual saída.

Cardozo é, nos últimos largos anos, o jogador titular com produção em campo (golos) que menos consenso gera. Por norma os adeptos ficam eufóricos com dois ou três jogos bem conseguidos de um qualquer jogador, se for avançado e marcar 2/3 golos em jogos consecutivos é elevado à condição de estrela e de significativa mais valia. Cardozo apesar de marcar cerca de 20 golos por época a malta não aprecia porque é lento. O pessoal gosta é do Jara, Marcelo, Pringle, Marcel, Fonseca, Sokota, Kardec e outros tais que por cá andaram/andam que se fartavam/fartam de correr e eram/são muito lutadores. A animosidade crescente pelo nosso ponta-de-lança é no mínimo preocupante, não sendo de admirar que a sua produtividade desça e surjam citações de descontentamento assim como desejos de sair para outros campeonatos/clubes onde lhe reconheçam os seus méritos (golos).

Neste contexto e infelizmente sinto que o melhor caminho é o da venda de Cardozo. Dada a sua idade, ambiente, predisposição do atleta, valorização vs custo de aquisição a venda, por valores nunca inferiores a 12 milhões de Euros, deverá ser a melhor solução sendo o fruto da venda aplicada na aquisição de um jogador de área (com presença física mas com maior capacidade criativa e de mobilidade). Estou, no entanto, convicto que a verificar-se o cenário da sua saída durante os próximos anos vamos sentir saudades. A curto prazo, na próxima sexta-feira, penso que poderemos ter um cheirinho do que significa a ausência de Cardozo.