Confesso que a celeuma do momento na vida do nosso clube me tem causado alguma estranheza. Tenho lido e ouvido alguns argumentos acerca das situações de Fábio Coentrão e do Nuno Gomes e não chego a uma conclusão concreta sobre a opinião dos adeptos pelo que resolvi fazer uma analogia das situações à vida empresarial e/ou ao nosso dia a dia enquanto empregados para ver se fico esclarecido:
Na empresa onde trabalhamos temos um funcionário (ou somos o empregado) que nos últimos anos apresenta um rendimento/produtividade excepcional. Esta produtividade resulta de uma capacidade de trabalho muito superior à média e também de uma entrega em termos de brio, crença e motivação verdadeiramente assinaláveis. Fruto dessas características recebe proposta de emprego para ir desempenhar tarefa similar à actual para uma das melhores empresas do mundo com vencimento 3 ou 4 vezes superior ao actual. O referido empregado vê que o presidente e restante administração começam a por entraves à sua saída, e não querendo perder esta oportunidade pressiona, não da melhor forma, a sua actual empresa para o deixarem sair. Perante este cenário os accionistas desesperam, pondo em causa o profissionalismo do empregado criando uma cisão que poderá por em causa as boas relações até então existentes que impedirá, não só, um hipotético regresso como a imagem da própria empresa junto de todos os trabalhadores (internos e externos ou potenciais).
Enquanto isso, na mesma empresa existe um funcionário em idade de reforma que no passado se revelou um excelente trabalhador, contudo de há uns anos a esta parte pouco ou nada rende. É pouco produtivo, raramente acrescenta algo à equipa de trabalho onde está inserido, no entanto dá um bom ambiente de trabalho, e funciona como um cicerone à chegada de novos elementos uma vez que conhece bem os cantos à casa e como pouco trabalha sobra-lhe tempo. A Administração da empresa pretende dar-lhe um cargo mais consentâneo com as suas qualidades e propõe-lhe um lugar como consultor em part-time com vencimento compatível com a sua produtividade. Os accionistas não concordam, acham que se deve premiar este trabalhador, quiçá, promovê-lo.
É isto?
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