O Benfica perdeu uma soberana oportunidade para fechar a eliminatória da Liga Europa. Vencendo por uma margem confortável daria a calma para irmos a Alvalade e depois gerir o jogo na Alemanha. Fruto de uma vantagem escassa obtida no jogo de ontem vemo-nos forçados a ir na máxima força a Alemanha e esperar que a nossa normal infelicidade e incapacidade demonstrada naquelas terras não se evidencie.
Ontem demos 45 minutos de avanço, muito lentos e previsíveis, o nosso futebol empancava com uma frente de ataque sem dinâmica ou criatividade. Jogámos claramente com um poste (Cardozo) e com uma barata tonta (Jara). A segunda parte foi totalmente diferente, muito mais rápidos sobre a bola, com uma postura condizente com o que temos vindo a apresentar nos últimos tempos, demos a volta ao resultado e acabámos por desperdiçar a hipótese de acabar com a eliminatória. O mérito é da equipa mas uma vez mais o poste foi decisivo e até a barata tonta quando descaída para as faixas acabou por ser útil e feliz no remate que deu o segundo golo.
O que, para mim, ressalta deste jogo é a evidência da falta de alternativas a vários jogadores titulares. Cardozo, Saviola, Salvio, Gaitan, Maxi, Fábio e Luisão não têm suplente. As opções existentes não emprestam à equipa a qualidade necessária para as frentes em que estamos envolvidos. Saviola não jogou, Jara não o fez esquecer; Salvio fez uma exibição medíocre e no banco via-se apenas Filipe Menezes para o substituir; Kardec continua a não constituir opção de qualidade; Para Máxi e Fábio não existe sequer jogadores e Luisão conforme se tem vindo a falar na sequência do seu aniversário é imprescindível.
Na preparação da próxima época, que julgo estar a ser equacionada, importa ter em atenção estas lacunas. São já demasiado evidentes para passarem despercebidas.
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