Estou-me a cagar para o Quim

O assunto “Frangos do Roberto” domina as conversas. É natural e não apenas devido ao preço do seu passe. Se tivesse vindo a custo zero e se fosse ele, à mesma, o previsível titular da nossa baliza, alguém pensaria “Ah e tal, deu dois patos mas veio a custo zero, coitado”? Claro que não! O importante nesta questão, e o que me aflige, é que andamos há anos e anos à procura de um GR que nos dê segurança e, até ver, não o conseguimos encontrar. A última esperança talvez tenha sido o Moreira antes de se lesionar gravemente no joelho. Começa, também, por aí, a explicação para tantos anos sem sucesso.
Esse GR poderá vir a ser o Roberto, não sei e espero que sim, mas que a sua estreia foi pavorosa, lá isso foi. As manifestações de surpresa perante tão aterradora exibição podem ser agrupadas, sobretudo, em dois géneros: Os que dão carta branca a tudo, uma espécie de seguidismo fanático-situacionista, e atribuem as culpas ao terceiro anel, ao calor, ao vento, a qualquer que seja a razão; E os outros, aqueles que, à primeira oportunidade, gostam de pôr tudo em causa.
É assim o Benfica e os seus divisionismos de boca. Na hora da verdade, toma lá 95% dos votos em eleições, 99% dos votos na maioria das propostas em assembleias e mais de 50000 espectadores por jogo. E isto não é necessariamente mau. Só um clube amorfo não tem quem reaja apaixonadamente ao seu dia-a-dia. O que é mesmo relevante é haver mais barulho, entre os benfiquistas, em torno dos frangos do Roberto do que aquele que (não) houve, entre a lagartagem, em torno da transferência do Moutinho para o porto.
E é no meio deste barulho – que um par de boas defesas já hoje ou num próximo jogo silenciarão – que se aproveita para passar uma esponja por cima da banalidade de GR que o Quim foi ao nosso serviço. Nunca será demais relembrar a quantidade de remates "indefensáveis" que o Quim sofreu (por mau posicionamento), as desatenções dos nossos defesas em cantos, cruzamentos e bolas em profundidade (fáceis de nomear porque o Quim não saía dos postes) ou mesmo os inúmeros frangos que deu. Esta era a realidade, aliás, reconhecida, por quase todos, semana após semana, época após época. Era o melhor GR ao nosso serviço, mas era um GR banal.
Essa banalidade não é o que quero ver num jogador do Benfica e, muito menos, no nosso GR. E espero, caso se venha a verificar que houve um erro de casting ao contratar o Roberto, que haja a humildade necessária para corrigir o erro e, sem reservas, se aposte no Júlio César ou se contrate outro GR qualquer.
Para já, é muito cedo para tomar uma decisão destas e ainda nem sequer é tempo para alarmismos. E já é tarde para se falar nos 8,5M€. O Roberto é nosso, é com ele que contamos e é no Jorge Jesus que acreditamos. Também fomos campeões com o Quim.

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