Indicação do Treinador

Ontem estive a ver na televisão o jogo que opôs o Getafe ao Real Madrid. Claro que os meus olhos acabaram por se reter em tudo o que Di Maria fazia em campo e se houvesse duvidas elas dissiparam-se por completo. Está ali a explicação cabal do porquê de na época transacta triturarmos adversários com goleadas atrás de goleadas ficando por vezes muitos outras oportunidades por concretizar. Di Maria criou 5 ou 6 oportunidades claras de golo, tivesse Benzema a capacidade goleadora evidenciada por Cardozo e o jogo não teria sido tão sofrido para o Real como acabou por ser. As diferenças de ritmo, dinâmica e qualidade para o seu sucessor actual (Gaitan) são abissais e por si só justificativas para algumas das lacunas evidenciadas pela nossa equipa que vão sendo amenizadas no presente pela súbita subida de forma de Salvio (até quando?).
O que me motivou a escrever este post não foi contudo Di Maria mas sim um jovem Guarda-Redes que defendia as cores do Getafe – Codina. Para quem não se lembra, Codina era o 3º guardião do Real Madrid e por indicação de Quique Flores esteve a um passo de assinar pelas nossas cores. A palavra que me ocorre para descrever este jogador é PAVOR, e não sabendo muito bem a causa pela qual a contratação falhou desabafo com um sentido “Graças a Deus”. Quique indicou o super barrete Balboa e por pouco não levámos com mais este.
O exemplo dado com Quique poderia ser estendido a muitos outros treinadores que têm passado por esta casa. A capacidade para treinar e dirigir um plantel não tem que forçosamente estar associado à capacidade de descobrir valores que possam defender as nossas cores com qualidade (presentes e futuras), é certo que o treinador deverá ter uma palavra sobre os jogadores que coordena, mas essa indicação não deverá passar disso mesmo, uma linha orientadora, sendo a palavra final/contratação ter que resultar de entendimento entre o treinador, Director Desportivo, Gabinete de prospecção e por fim do Presidente evitando ou reduzindo de forma significativa a possibilidade de existirem os Balboas, Zoros (numa vertente de decisão exclusiva do Director Desportivo) na nossa vida.
Em início de ano e desejos para o futuro, espero que na preparação da próxima época e em eventuais contratações a ocorrer neste mês, se tenha aprendido com os erros do passado e se crie uma estrutura profissionalizada e competente que permita de forma célere uma avaliação conjunta sobre o potencial de eventual reforço da equipa.

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