QB

Ao fim de 8 jornadas de campeonato e 3 de Liga dos Campeões, já podemos tirar algumas conclusões acerca do real valor da equipa.
A primeira parece-me óbvia. Estamos mais fracos que o ano passado. Nada como relativizar as coisas para percebermos o impacto das perdas do Ramires e do DiMaria. Basta analisarmos o seu rendimento nas equipas para onde foram. Pode dizer-se que "pegaram de estaca". São indiscutivelmente jogadores de nível europeu.
A perda destes dois jogadores teve consequências claras: perdemos criatividade e imprevisibilidade no ataque e consistência e versatilidade no meio campo.
Basicamente, estamos menos seguros a defender, menos pressionantes e a criar metade das oportunidades de golo que criávamos o ano passado.
2ª conclusão: os reforços estão longe de o ser, embora o Roberto comece a justificar o investimento, tenho que reconhecer. Quanto aos outros, não trouxeram ainda nada de novo. Como principal desilusão, destaco o Jara. Pensei que por esta altura já tivesse demonstrado muito mais.
Faço aqui um pequeno parêntesis. Penso que embora ainda não tenha demonstrado o seu real valor, o Gaitan tem um grande potencial. Acho que o JJ ainda não percebeu muito bem qual a melhor forma de retirar o melhor rendimento deste jogador. Quanto a mim, terá que ser o nº 10 do Benfica, indiscutivelmente.
Quanto ao resto, tenho que sublinhar o mau momento de forma do Maxi do lado negativo e do lado positivo o reconhecimento que temos hoje no nosso plantel, um dos melhores defesas esquerdos da Europa.

Se tudo correr normalmente, este plantel chegará para o 2º lugar no campeonato. Há que admitir que o fcp está mais forte que nós este ano e que dificilmente teremos hipóteses a esse nível. Somente uma vitória no dragão permitiria alterar o rumo das coisas, mas parece-me extremamente improvável.

Quanto à Champions, é outra conversa. À priori não escandaliza ninguém perder em Lyon. Muitos dos melhores emblemas europeus já lá caíram. O que me chateou foi a incapacidade de discutir o resultado, de ser perigosos no ataque, de ver tão expostas as vulnerabilidades do plantel. E é nestes jogos que se vê a diferença. Com a qualidade dos jogadores presentes, é inevitável que se sofram golos nesta competição, seja contra quem for. A diferença está na capacidade de criar dificuldades ao adversário. Tendo nós um ataque lento e previsível, temos sido pouco mais que inofensivos, principalmente nos jogos fora, onde é essencial ter jogadores rápidos e incisivos nos contra-ataques e ataques rápidos. E aqui há que responsabilizar quem planificou o plantel para esta época. Pode ser que nos expliquem porque é que o Urreta não faz parte das escolhas, ou porque é que num "11" com défice de velocidade o Weldon não jogue mais vezes, particularmente em jogos fora.

Concluindo, é o plantel que temos. Cometeram-se alguns erros de casting e planificação de plantel. Claro que não é mau. Mantivémos uma importante base do ano passado. Mas também percebemos que não é bom, particularmente para a Champions e comparando por exemplo com um fcp que se apresenta muito forte este ano. É...qb.

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