A importância de sermos campeões

Vou ser um pouco contra-corrente pois estive no dragão e nem sequer me apercebi que o braga havia marcado. Foi preciso um benfiquista, que levou um rádio, informar-me que o resultado já estava 1-0 a favor dos bracarenses para me desiludir um pouco.
De qualquer das formas, percebo os adeptos do porto que festejaram o golo do Braga. Eles não queriam que o Benfica fosse campeão no seu estádio e pouco acreditavam que pudessem ainda chegar ao 2º Lugar. A conversa dominante, ao intervalo, entre os adeptos do porto que pude ouvir, era a necessidade de ganhar a partida para que não nos vissem a festejar. Reconheçamos que é um sentimento mais do que legítimo…
Além disso, infelizmente, para eles, o 2º lugar já é tão mau como o 3º e é neste ponto que nos deveríamos focar ao invés de nos concentrarmos no natural anti-benfiquismo que nos poderá moer o juízo mas, em boa verdade, só nos engrandece. O problema é que a indiferença dos adeptos do porto em relação ao 2º lugar é o reflexo das conquistas desportivas que têm alcançado (não importa os métodos). Todos sabemos o que isso é. Felizmente, ainda não há um benfiquista que festeje um 2º lugar.
E é precisamente neste ponto que nos devemos focar. O porto quer se queira, quer não, tornou-se num clube grande. Mesmo apesar dos comportamentos menores, já há muito que suplantou o sportem. Tem dimensão europeia a nível futebolístico, tem dominado a nível nacional, tem o 2º maior estádio do país, a 2ª maior base de apoio e mais de metade dos adeptos no último jogo tinham menos de 30 anos, luta pela conquista de títulos em andebol e basket, ganha sempre no hóquei. No fundo, apesar dos métodos, o porto tem sido, a nível desportivo, a imagem que temos do Benfica e que urge estancar.
E é aqui que reside a importância de nos sagrarmos campeões esta época. E na próxima, já agora. Reconheço a pujança do porto nos últimos 20 anos mas estou certo que grande parte do mérito nessas conquistas se alicerçou nos mais vis actos que só subsistirão garantidas que estejam duas condições: Continuarem a ganhar e a imortalidade do pinto da costa. Se a segunda, felizmente, mais tarde ou mais cedo, ruirá e não depende de nós, é a primeira que temos que combater. Já no domingo e também nas próximas épocas. Mais do que um eventual brilharete na Champions, é no Estádio da Luz, em jogos do campeonato nacional, e por esse país fora, que deveremos mostrar ao porto o lugar que lhe está destinado. E esse lugar é o 2º, já que o sportem e os seus adeptos se demitiram, em parte, da sua obrigação histórica: A de tentar rivalizar com o Benfica. Essa rivalidade, de há uns anos para cá, limita-se à dialéctica e ao servilismo para o agora rival do Benfica, o porto.
Há 25 anos, perguntava-se a um novo amigo se era do Benfica ou do sportem. Os putos, hoje, mesmo em Lisboa, já torcem, também, pelo porto. É nisto que nos devemos concentrar e quando, no domingo, formos campeões, além de começarmos a preparar imediatamente a conquista do próximo campeonato, temos que capitalizar essa conquista. Não poderá haver uma única criança neste país que não seja bombardeada com a verdade absoluta de que o Benfica é o maior. Nem uma!

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