Pedrus Mantorrus Brutus

A analogia não é despropositada. O Luís Filipe Vieira está, para o Benfica, como o Júlio César esteve para Roma. Chegou, viu (longamente) e venceu. Júlio César considerava Brutus seu filho. As lesões do Mantorras são o apoio que Brutus deu a Pompeu Magno. O perdão de César é o estatuto privilegiado que o Mantorras foi tendo ao longo destes anos no plantel. Um bocadinho, talvez, de acção social mesmo antes da criação da Fundação Benfica.
Brutus, ao ser “exilado” na Gália após a fuga de Pompeu para o Egipto, sentiu-se desrespeitado. Havia uma diferença, no entanto, que permitiu que César desconhecesse as intenções de Brutus. O declarado filho adoptivo de César não era angolano e não tinha necessidade de falar para Angola a dizer que fazia e acontecia quase ignorando que vivemos numa era global onde tudo se ouve e tudo se sabe.
Assim, o nosso Brutus tornou pública a sua indignação e tenta que os seus seguidores o apoiem. Subliminarmente, foi o que o Mantorras tentou fazer ao declarar que acredita que todos os adeptos estão aborrecidos. E estamos. Mas a razão é outra.
Acima de tudo, achamos incompreensível que tenhamos suportado um aleijado no nosso plantel por ser simpático, bom rapaz e por lhe reconhecermos que, não fossem as suas sucessivas lesões, teríamos tido a honra de ter mais um grande jogador no futebol português de águia ao peito. Gratos também estamos pela importância que teve no título em 2005… Quando? SIM, EM 2005!!! Depois disso, passaram 5 épocas de cada vez mais raros aplausos por vê-lo a entrar a 10 minutos do fim de um jogo. E o nosso Brutus fê-lo a troco do quê? De ordenados que, de acordo com as suas palavras, nos próximos dois anos “não é assim tão pouco”.
Mas o Benfica não é Roma. Jesus não é o Marco António, a Dona Cristina não é a Servília dos Junos e os sestércios que caiem na sua conta todos os meses, presumo que venham de uma seguradora. O Mantorras perceberá, um dia, que nem o Eusébio está acima do Benfica. Infelizmente para ele, o abono que poderia durar uma vida, durará, no máximo, dois anos de contrato. Há gente burra!

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